sábado, 26 de novembro de 2011

Começo

Eu nunca fui flor que se cheire, percebi isso quando tinha 12 anos e troquei meu segundo 'namoradinho' pelo amigo dele, o fazendo chorar por semanas a fio e jurar que nunca mais queria me ver.
Os anos passaram e eu não melhorei muito nesse aspecto, não. Passei a adolescência quebrando corações de menininhos desavisados, tendo muitos namorados e casinhos sem importância, conquistando garotos, seus amigos, família e depois largando tudo isso sem muito peso na consciência. Não que fosse algo do qual eu me orgulhasse, mas eu não conseguia evitar o tédio que aparecia depois de míseras semanas com um cara, simplesmente não conseguia me obrigar a ser boa moça e tentar fazer dar certo, acabava trocando qualquer cara por qualquer outro cara, que acabaria me matando de tédio também nas semanas seguintes.
Mas em meio a esse tédio todo, sempre havia elas, as garotas. Ah, as garotas. Eu nunca admitiria na adolescência, mas as garotas eram um ótimo refúgio praquele tédio todo que os garotos me proporcionavam, elas iam e vinham, em quantidades pequenas, espalhadas pelos meses, discretas e sem muito sentido, mas estavam sempre ali. Eu nunca admitiria que sentisse algo por elas, ou que gostava delas, eram apenas joguinhos ocasionais.
Até chegar na faculdade e a bomba estourar. Me encantei por uma veterana, e por mais que eu lutasse contra qualquer que eu sentisse, vê-la linda todo dia na sala ao lado não ajudava em nada no meu processo de negação. Antes do final do semestre, quando eu estava disposta a aceitar pra mim mesma que estava afim de uma MULHER, ela transferiu a faculdade, e eu senti que meus problemas haviam sido transferidos com ela, que erro o meu...